15.9.08

Cerca de mil milhões de pessoas vivem com menos de 75 cêntimos por dia. A pobreza extrema caiu de 29% para 18% entre 1990 e 2004. De acordo com as tendências actuais, esta percentagem poderá cair para 12% da população em países em desenvolvimento em 2015.

Porém, o progresso a nível global é desigual: enquanto a Ásia conseguiu colocar 250,000 pessoas com rendimentos acima de 75 cêntimos por dia - graças aos avanços económicos da Índia e da China - África Subsariana tem mais 140 milhões de pessoas pobres. Adicionalmente, entre os países em desenvolvimento, os pobres têm maiores taxas de mortalidade infantil e materna, são menos escolarizados e dispõem de menores oportunidades de acesso a cuidados de saúde básicos.A pobreza extrema está indissociavelmente ligada à fome crónica: mais de 800 milhões de pessoas em países pobres não têm comida suficiente para responder às suas necessidades calóricas básicas. A fome crónica leva à subnutrição, a deficiências em termos de consumo de vitaminas e minerais e a debilidades físicas e mentais; acaba por tornar as pessoas vulneráveis a doenças às quais deveriam ser capazes de resistir. As vítimas da fome são usualmente as mais vulneráveis: anualmente, seis milhões de crianças morrem e outros 161 milhões sofrem de subnutrição crónica.

Com a excepção da África Subsariana, estima-se que as taxas de subnutrição irão cair em todo o mundo. Mais de metade dos países da África Subsariana estão longe de reduzir para metade as taxas de subnutrição até 2015.

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